segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Eleições Municipais, as Mais Importantes do País





                                     

 Vocês sabem que as ELEIÇÕES MUNICIPAIS são as mais importantes do país? Acompanhe o nosso raciocínio no desenvolver deste artigo.

A palavra Política vem do grego e significa “administrar a cidade”, a “polis”. Hoje, o significado evoluiu para diversas áreas de atividades da vida humana: administrar um condomínio, uma empresa, uma entidade de classe, igreja, partido político, o Município, o Estado, o País etc. [1]  Onde quer que estejamos, cometemos ou sofremos uma Ação Política. Lembremos a frase de Bertold Brech:

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão ignorante que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe essa pessoa que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.

 

O eleitor esclarecido não vota somente nos candidatos que parecem ter maior chance de ganhar. Primeiro, porque o voto deve visar os programas defendidos pelo candidato e/ou partidos. Segundo, porque as pesquisas de intenção de voto podem estar erradas ou serem tendenciosas. Um candidato não eleito, mas que teve considerável número de votos pode ser fortalecido para os próximos pleitos.

 

Uma das razões por que o voto não deve ser negociado é seu caráter de instrumento democrático que leva às mudanças e às conquistas necessárias. Quem vende o seu voto não tem mais o direito de cobrar uma postura justa ou coerente daquele político que ajudou a eleger, pois, este pagou pelo voto recebido. “O voto não tem preço, tem consequências.”

 

Uma motivação correta é apoiar determinado candidato pelo que ele é como pessoa, seu caráter, competência, vocação para a vida pública, comprometimento com a justiça, a verdade e o bem comum. Pela sua capacidade administrativa, pela elaboração e defesa de leis justas, bem como pela intenção de fiscalizar a boa aplicação dos recursos públicos, e não por aquilo que ele pode fazer apenaspor mim, por meus parentes ou por determinado grupo que represento”. [2]

 

Estar ao lado do governo, sem questionar o caráter dos governantes ou o resultado de suas ações, exerce fascínio em parte das lideranças cristãs, comunitárias ou classistas, com honrosas exceções. [3]

 

Torna-se venal o líder cristão, comunitário ou classista que permuta apoio político por benefícios: material de construção, terrenos para templos, empregos para parentes ou membros da comunidade que dirige, etc. Quem assim procede, em especial o líder religioso, nunca poderá ter atitude profética (postura contra toda a forma de iniquidade e a tudo que vai contra Palavra de Deus). Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros... (Rm 13.8a).

 

No nosso entender, um líder eclesiástico não deve fazer campanha para este ou aquele candidato, este ou aquele partido, mas ensinar qual é o perfil de um bom aspirante a um cargo eletivo, segundo os princípios estabelecidos na Bíblia. O ideal seria que este aspirante fosse uma pessoa que tivesse Deus no coração. Não sendo, podemos votar naqueles que têm um histórico de coerência em sua conduta, voltada para os interesses da sociedade que se propões a representar ou governar.

 

Um líder cristão sábio não deveria participar de campanhas eleitorais em favor de candidatos ou partidos, porque se assim proceder, perde a sua imparcialidade, onde está, em grande parte, a sua autoridade, a não ser para  esclarecer que candidatos e partidos de influência marxista, colidem com a cultura judaico-cristã, da qual somos herdeiros, a saber: o respeito ao livre arbítrio (liberdade consciência, de religião, de imprensa, direito à liberdade de ir e vir e do livre empreendedorismo); da proteção à vida, desde a concepção; da defesa dos valores da família, que a mesma é constituída por homem + mulher + filhos, exceto no caso de viuvez e divórcio; e a defesa da propriedade. [4]

 

Os partidos políticos são transitórios, todavia, a Igreja do Senhor Jesus estará aqui até que Ele volte. Qualquer alinhamento de uma congregação a determinado candidato, partido ou ideologia, por razões meramente eleitorais, sempre o preço é alto. Sábia é a afirmação de Ben Wong, pastor chinês, da liderança mundial do Ministério Igreja em Células: “É certo que cristãos como indivíduos participem da política, mas não a Igreja como instituição. A igreja pode e deve exercer influência, mas sem forçar a nada. Jesus sempre exerceu boa influência, mas não forçava ninguém a nada. A Igreja não deve impor convicções políticas.”  [5]

 

Ao aproximar-se das eleições Municipais, lembremo-nos que estas são as mais importantes eleições do país, por duas razões bem simples:

1- Iremos eleger Prefeitos e Vereadores, os primeiros administrarão as cidades onde moramos, isso quer dizer: a água, esgoto, educação fundamental, hospitais, postos de saúde, limpeza pública, trânsito, ruas, estradas urbanas e rurais, transporte coletivo, segurança pública em conjunto com o estado, etc. e os vereadores, farão as leis para essas cidades, bem como fiscalizarão a aplicação dos recursos que os prefeitos utilizarão na execução das obras e serviços das cidades que eles governarão.

 

2- Os Prefeitos e Vereadores eleitos servirão de base (palanques) para as eleições de Deputados Estaduais, Federais, Governadores, Senadores e Presidente da República.

 

Após as eleições, cabe ao eleitor acompanhar os mandatos dos candidatos eleitos, conferindo se os mesmos estão sendo coerentes com as suas propostas de campanha e com a dignidade do cargo, apoiando ou repudiando os seus atos, de forma efetiva e pelos canais apropriados.

 

Manoel Soares Cutrim Filho, Graduado em Direito, pela UNB, advogou por mais de 25 anos, Auditor Federal de Controle Externo do TCU – aposentado,  cristão, patriota e conservador.

E-mail: cutrim@terra.com.br



[1] Manoel Soares Cutrim Filho, Eleições, Um Momento de Reflexão, O Mensageiro, julho-agosto/1994. 

[2] Paul Freston, Bíblica e Crise Brasileira, ABU Editora, 1992, 1ª Edição, p. 57. 

[3] Op. cit., ABU Editora, 1992, 1ª Edição, pp. 61 e 62. 

[4] Decálogo do Voto Ético, da Associação Evangélica Brasileira – AEVB, item III. 

[5] Jornal Carta Aberta.


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