quarta-feira, 8 de julho de 2015

Juíza venezuelana, vítima da ditadura bolivariana foi presa e estuprada na prisão. Agora rompe o silêncio

DIREITOs HUMANOS
1º JULHO 2015
Juíza María Lourdes Afiuni no seu gabinete, antes de ser preza.
Uma mulher dotada de dignidade.

"Em seis anos destruíram a minha vida, a da minha filha e da minha família. Na Venezuela, os juízes não julgam, eles satisfazem os caprichos do governo."
Juíza que denunciou os seus algozes na Venezuela fala das torturas que padeceu na prisão.
Na Venezuela, María Lourdes Afiuni rompeu o silêncio. Em audiência realizada no dia 30 de junho, a juíza expôs os detalhes da tortura, maus-tratos e estupro que sofreu em 2010, quando esteve presa no "Instituto Nacional de Orientación Feminina" (INOF).
Juíza María Lourdes Afiuni atualmente, vê-se um rosto fragilizado e olhar distante, decorrente da tortura.
Thelma Fernández, advogada da juíza, contou como foi o depoimento no Tribunal. Afiuni relatou "como lhe destruíram a vagina, o ânus e a bexiga, quando guardas do INOF e funcionários do Ministério da Justiça a estupraram" [...] "narrou que um agente da Guarda Nacional a feriu com uma botinada, causando-lhe uma distensão em parte do seio. Destacou que presas condenadas por ela foram transferidas para celas ao lado da sua, e que foi vítima de vários ataques, não sendo feito nada para evitá-los. Confessou que em várias oportunidades aspergiram gasolina na sua cela". Certa vez, no estabelecimento penal feminino, "houve um princípio de incêndio, retiraram todas as detentas, menos a juíza, que deixaram trancada na cela". Em outra ocasião, ainda segundo Thelma Fernández, Afiuni foi conduzida até o Hospital Militar "para fazer um exame ginecológico, e fizeram-na despir-se na presença de mais de 20 funcionários da GNB, a Guarda Nacional Bolivariana.
María Lourdes Afiuni está sendo julgada por deixar em liberdade o empresário Eligió Cedeño, seguindo uma resolução da ONU. A juíza obteve liberdade condicional em junho de 2013, mas está proibida de sair da Venezuela, de falar nos meios de comunicação nacionais e internacionais, e de escrever nas redes sociais Twitter e Facebook.

Onde estão as vozes das autoridades brasileiras em favor dos que sofrem, por motivos políticos, sob os pés da ditadura da Venezuela?
Fontes:

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